sexta-feira, 17 de junho de 2011

Festival De Cinema Francês 2011

A exemplo de 2010, lá fui eu para o Festival de Cinema Francês. Nesse ano de 2011, 22 cidades brasileiras receberam o evento, e fico na torcida para que o festival continue crescendo ano após ano, pois me ficou muito claro que o cinema francês está em grande nível. A seguir, os 7 filmes que assisti (deixando um sabor de "quero mais").

Xeque-Mate
Foi o primeiro e também o melhor filme que assisti nesse festival. Caroline Bottaro conduz o filme com uma suavidade e precisão digna dos grandes diretores, enquanto as atuações irretocáveis de Sandrine Bonnaire e Kevin Kline aliadas a um roteiro bem amarrado também contribuem para que o resultado final seja excelente. Uma história que comove pela simplicidade. Como disse minha mãe: "simplesmente magnífico; magnificamente simples". Para adeptos ou não do jogo de xadrez, o conselho é o mesmo: assista.

Uma Doce Mentira
O maior mérito do filme dirigido por Pierri Salvadori é o de conseguir ser engraçado na maioria de suas empreitadas de fazer humor (o que definitivamente não é nada fácil). A história, porém, segue aos trancos e barrancos, deixando a impressão de que algumas seqüências poderiam simplesmente ser descartadas do filme, não esclarecendo nem acrescentando nada. Se Audrey Tatou atua de forma correta (o que não é nenhuma surpresa), quem acaba roubando a cena - e ela faz isso sem aparecer nem falar muito - é Judith Chemla, hilária como Paulette. Ri muito!

Os Nomes Do Amor
Se levarmos em consideração a temática abordada pelo filme, o fato de se conseguir extrair humor numa história que encara a guerra franco-argelina e o holocausto é digno de aplausos ao diretor Michel Leclerc, feliz na sua ousadia. O destaque fica para a belíssima atriz Sara Fostier, daquelas capazes de transformar um direitista ortodoxo em esquerdista revolucionário sem precisar fazer muito esforço. Fazendo então, aí vira covardia.

Lobo
Um show de imagens. É mais ou menos como pegar o que há de melhor documentado (sem nada dever a NatGeo ou Discovery Channel), transformar em cinema e passar uma mensagem ao público. O trabalho do diretor Nicolas Vanier é tão deslumbrante que o mais sensato a se fazer é tomar nota desse nome e correr atrás do que quer que esse sujeito possa se envolver daqui para frente. Afinal, o que duvidar de alguém que supera um desafio de 50 graus abaixo de zero?

Copacabana
Babou (Isabelle Ruppert) poderia dar nome ao filme. Com uma atuação que encanta pela sutileza, a "despreocupada jovem-senhora" costura fio-a-fio o que no final das contas é o grande tecido denominado "Copacabana". O bairro da zona sul carioca nem precisou aparecer para ficar muito bem representado na alma da protagonista.

Senhorita
Além do Festival de Cinema Francês, o Rio de Janeiro teve o privilégio de sediar também a "Retrospectiva Bonnaire". E a atriz Sandrine Bonnaire (a mesma de "Xeque-Mate") tem novamente grande atuação, encarnando uma senhorita (ou "mademoiselle", se preferir) que por si só já torna o filme agradável, algo reforçado pela leveza do roteiro. Hoje Sandrine está no topo da lista de atrizes/diretoras que tenho vontade de assistir.

Simon Werner Desapareceu
É puro suspense, do primeiro ao último suspiro (talvez esse seja o maior mérito do diretor Fabrice Gobert). A história é contada com idas e vindas, reconstruindo as cenas sob a visão de diferentes personagens, o que torna o filme especial. E talvez essa sensibilidade de ir e voltar no tempo sem tornar a obra entediante - pelo contrário - seja o ponto que diferencie este filme de tantos outros já realizados, escapando daquela manjada ótica "hollywoodiana".

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